sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Pedais: Definições e funções

EFEITOS QUE ALTERAM A AMPLITUDE

a. Volume/Expressão

O pedal de volume tem a função de deixar o som mais alto ou mais baixo.
Quanto ao pedal de expressão, sua função é de dar maior ênfase às distorções, controlar a freqüência do Wah Wah, a extensão de uma modulação, a afinação de um Pitch Shifter, etc.

EV-5 Pedal de expressão da Boss
FV-500H Pedal de volume da Boss

b. Booster

Não é propriamente um efeito, visto que vários pedais podem ser usados para dar um incremento no sinal. Os mais comumente utilizados são: equalizador, compressor, overdrive e alguns A/B Box que possuam tal função.

Booster da MRX

c. Trêmolo
Produz uma variação cíclica do volume através de um oscilador de baixa freqüência, como se o botão de volume fosse repetidamente aumentado e diminuído.

TR-2 da Boss

d. Auto-trêmolo
É um tipo de trêmolo onde a modulação da freqüência é variada por alguma característica do sinal, geralmente a amplitude.

e. Pan
Outro tipo de trêmolo, mas que funciona em mais de um canal. Enquanto um canal opera em volume baixo, o outro trabalha em alto.

f. Ping-Pong
Quando a variação é feita em fontes sonoras diferentes, o sinal se move de uma para outra fazendo um dos volumes aparecer na fonte oposta ao do outro volume.

g. Compressor
Este efeito atenua os componentes de alto nível e dá ênfase aos de baixo nível, mantendo o nível geral do sinal, a partir de um determinado volume, ao agir na razão entrada/saída de sinal no amplificador. Isso tende a deixar a amplitude do som em equilíbrio, resolvendo problemas de picos sonoros causados por palhetadas mais fortes ou de notas tocadas com menos força, dando-lhes mais “sustain” sem distorcê-las.

CS-3 da Boss

h. Noise Gate
Não se trata de um redutor de ruídos pois sua função é cortar o sinal sonoro quando sua intensidade está baixa e o ruído começa a aparecer. Como o próprio nome diz, trata-se de uma porta que se abre conforme o ajuste determinado, permitindo que tanto o som quanto o ruído passem. Tecnicamente, o Noise Gate é exatamente o oposto do Limitador.

Smart Gate - Noise gate da MRX

i. Noise Supressor
Corta os sons produzidos pelo captador da guitarra quando não se está tocando o instrumento ou os ruídos resultantes da conexão de múltiplos efeitos, ou ainda, aqueles gerados quando se dá muito ganho ao sinal.

NS-2 da Boss

j. Limitador

Tipo de efeito que atenua os picos de freqüência e previne a sobrecarga de sinal. De certa forma, faz uma parte daquilo que o Compressor faz, pois atua somente nos picos do sinal, alterando o ganho de entrada para manter um nível fixo de saída.

LMB-3 da Boss. Esse é de baixo :]

k. Sustain

Comparado ao Limitador, faz a outra parte do trabalho de um Compressor, ou seja, amplifica o sinal fraco gerando maior sustentação sem provocar sua distorção.

CS-3 da Boss

l. Atack Delay

É uma variação do Noise Gate onde a transição de “On” para “Off” ou a falta de sinal é diminuída pela subida no nível do sinal remanescente a cada nova nota tocada.

m. Auto-Swell

Genericamente é um aumento no volume do som, a partir de um nível, até o final deste. Pode adicionar “sustain” a algumas notas ou dar uma “engordada” no volume para o caso de alguns solos, por exemplo.


EFEITOS DINÂMICOS (DISTORÇÕES)

a. Overdrives

É uma distorção mais natural, semelhante à que é produzida por um amplificador valvulado, em que o sinal é primeiramente comprimido para depois ser distorcido de modo assimétrico.

OD-3 overdrive da Boss
MRX Wyld Overdrive - Zakk Wyld Signature

b. Distorção

Trata-se de uma classificação para os pedais que adicionam um nível maior de distorção que aquele proporcionado pelo Overdrive. O sinal fica mais “sujo” tornando-se ideal para estilos mais “pesados” de Rock.

MD-2 Mega Distortion da Boss
MRX Distortion +

c. Fuzz

Podemos classificar o Fuzz como “ O mais distorcedor dos distorcedores”. Inventado por acidente, tornou-se célebre por ter sido largamente usado por Jimi Hendrix.

Fuzz Face - Precisa falar mais alguma coisa?

CONTROLES DE TONALIDADE

Os efeitos classificados nessa categoria podem incluir desde o simples botão de tonalidade da guitarra até os mais sofisticados equalizadores gráficos, contendo dezenas de bandas de freqüência.

Equalizador

Permite cortar ou amplificar freqüências a fim de buscar o equilíbrio entre as mesmas. Com ele é possível selecionar quais freqüências serão distorcidas, quais estão em excesso ou quais precisam de um ganho maior. É importante ter critério na equalização, pois, à medida que se alteram as freqüências originais, perde-se o timbre real do instrumento.
Existem vários tipos de equalizadores que se distinguem pelos diferentes tipos de filtros que os compõe. Os mais comumente encontrados são:

1) Equalizador Shelving: É o mais utilizado na maioria dos equipamentos caseiros, amplificadores e similares. São os famosos botões de grave, médio e agudo. Num filtro shelving cada banda controla uma gama de freqüências.

2) Equalizador Gráfico: É utilizado em pedais, alguns amplificadores e muito utilizado em shows sob o formato de módulo. Ele divide o espectro das freqüências em frações de oitavas. Cada fração é chamada de “fader” e controla uma banda de freqüência que é designada pela sua freqüência central. Cada banda é um filtro peaking que não interfere nas bandas vizinhas.

3) Equalizador Sweep: Esse tipo de equalizador conta não só com o controle “amplifica/corta” usual, mas também com um controle que permite deslocar a freqüência central do controle principal ao longo do espectro de áudio.

4) Equalizador Paramétrico: É o mais complexo, pois seus controles permitem que se escolha o tipo de filtro, a freqüência e a largura da banda que se pretende alterar.

GE-7 da Boss, que acredito ser o equalizer mais usado.

b. Simulador

Nesta categoria enquadram-se vários pedais com diversas finalidades. Em comum, todos têm o objetivo de “imitar” determinado timbre ou equipamento, como por exemplo:

1) Simulador de pickups: simulam tipos de captadores (single coil ou humbucker)

2) Simulador de amplificador:simulam timbres de amplificadores e caixas acústicas com seus alto-falantes.

Sansamp GT-2, Lenda dos simuladores de amplificadores
Behringer GDI 21, um dos clones do GT-2

3) Simulador acústico: permite à guitarra simular violões.

AC-3 da Boss

4) Simulador de guitarra: faz o violão soar como uma guitarra.

AD-8 da Boss

c. Wah Wah

Varia o timbre da guitarra utilizando-se de um filtro “Low Pass” ativo. É como se o botão de Tone fosse constantemente mexido de forma a alternar os graves e agudos da nota. O efeito é controlado através de um pedal de expressão.

Os wha-wha's da Dunlop

d. Auto-Wah (Envelope Filter)

Tipo de Wah Wah normalmente usado em Raggae pois a base deste ritmo exige que se fique alterando o timbre constantemente, o que às vezes é complicado ou incômodo para o guitarrista controlar através do pedal de expressão. O Auto Wah responde de duas maneiras:

1) De acordo com o ataque da palheta nas cordas (quanto mais forte o ataque, mais agudo o som).

2) Através de um oscilador interno que fica produzindo o efeito enquanto este estiver ligado.

AW-3 da Boss

e. Pitch Shifter

Outro tipo de Wah, mas que varia o timbre em oitavas. O mais famoso deles, Whammy, é marca registrada da Digitech.

Whammy da Digitech

f. Vibrato
Efeito que oscila a freqüência da nota. É como se a afinação da nota (Pitch) fosse rápida e repetidamente elevada e abaixada.

UniVibe, da Dunlop

g. Phase Shifting

Este efeito gera cortes de freqüência e/ou picos através de um filtro de resposta que mistura Delays de fase longa com o som original.

PH-3 da Boss

h. Oitavador

É um efeito que faz com que o som seja gerado uma oitava acima do que foi tocado. De modo analógico, este pedal soma a parte inferior com a superior da onda sonora. Assim, o som sai com o dobro da freqüência original.

OC-3 da Boss

i. Dinamic Wah (Dinamic Filter)

Tipo de Wah que produz um tipo de vocalização do som. O efeito tenta reproduzir a voz humana.

AW-3 da Boss


j. Talk Box

Efeito em que a boca do guitarrista é usado como um tipo de “caixa de ressonância”. Se comparado com o efeito anterior, temos no Dinamic Wah a guitarra “imitando” a voz humana e no Talk Box o humano “imitando” a voz da guitarra...
O Talk Box funciona da seguinte maneira: Uma mangueira que sai do pedal (um pequeno amplificador) é colocada ao lado de um microfone. O guitarrista coloca essa mangueira na boca e o formato que ele der para sua boca modulará o som que sai do pedal para a mangueira. Este som, por sua vez, é captado pelo microfone e enviado ao amplificador.
Como exemplo de músicos que utilizam este efeito, estão Ritchie Sambora (Bom Jovi) e Peter Frampton, entre outros.

Heil Talk Box, da Dunlop

k. Ressonator

Tipo de filtro que acentua uma determinada freqüência e atenua todas as outras. Escolhida a freqüência, o nível de ressonância define o quanto esta freqüência será amplificada.

EFEITOS DE TEMPO (ATRASO LONGO)

São efeitos que adicionam um som espacial como conseqüência de múltiplos cortes de específicas freqüências em um sinal. O ouvido humano é “enganado” ao ser ter a sensação de estar num espaço acústico em que há ocasionais pausas e ecos no som.

a. Delay

Basicamente é um efeito gerado através de atraso no som. Se, ao se gerar o atraso, a velocidade das fases é mantida baixa mas o comprimento do trajeto de uma delas é aumentado, os dois sinais terminarão por entrar em fase de novo. No entanto, o segundo sinal estará um ou mais ciclos atrás do primeiro. Quando o atraso atinge alguns milissegundos, produz-se um efeito de duplicação. Esse atraso pode ser gerado apenas uma vez, ex: KABUM, BUM.

DD-6 da Boss

b. Echo

É o mesmo efeito anteriormente descrito, porém, dessa vez o sinal é atrasodo por mais do que alguns milissegundos, o que provoca uma repetição definida, ou eco. O sinal é adicionado e processado com o som original por diversas vezes, regularmente distribuídos e com intensidade decrescente, ex: KABUM, KABUM, BUM, BUM, BUM, UM, UM...

c. Reverse Echo

Como o próprio nome diz, é o efeito inverso ao Echo, ou seja, o som começa com pequena intensidade e aumenta até que se tenha o som semelhante ao original.

MODULADORES (ATRASO CURTO)

Consiste em filtros que trabalham com o tempo, mas de maneira diferente daquela feita pelos processadores de tempo anteriormente descritos.

a. Chorus

Adiciona ao som original o mesmo som após um pequeno atraso. Essa duplicação é conseguida através de realimentação, semelhante à que ocorre com o Delay. A diferença está no tempo de atraso, que no Chorus é bem mais curto, o que gera a impressão de que mais de um instrumento é tocado.

CH-1 da Boss
CH-5 da Boss

b. Flanger

Basicamente um Chorus que opera com um oscilador de baixa freqüência tornando o atraso do sinal inconstante. O sinal atrasado é criado com um “Pitch” diferente do sinal original, o que faz a nota “tremer” ou oscilar.

BF-3 da Boss

c. Phaser

É um filtro do tipo Phase Shifting que atrasa a fase do sinal, gerando um “feedback” que é somado ao som original criando o efeito do tipo rotatório, como uma turbina de jato, por exemplo.

EVH Phase 90, da MRX. Van Halen Signature!!

d. Ring Modulation [b/]

[b]EFEITOS DE AMBIÊNCIA


São efeitos que procuram simular as características acústicas originais dos vários ambientes onde se é possível tocar.

a. Reverb

Quando as repetições de eco são tão numerosas e tão próximas entre si que o ouvido humano não pode mais distingui-las, o eco se transforma num som contínuo que desaparece lentamente. A esse som é dado o nome de reverberação. O efeito de Reverb procura reproduzir a reverberação natural do som em um determinado ambiente, desde salas pequenas ou grandes auditórios e catedrais, até espaços abertos como estádios, ex: KABUUUUUUUUUUUMMMMMM.

RV-5 da Boss

Fonte:  http://forum.cifraclub.com.br/forum/7/144946/

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