EFEITOS QUE ALTERAM A AMPLITUDE
a. Volume/Expressão
O pedal de volume tem a função de deixar o som mais alto ou mais baixo.
Quanto ao pedal de expressão, sua função é de dar maior ênfase às
distorções, controlar a freqüência do Wah Wah, a extensão de uma
modulação, a afinação de um Pitch Shifter, etc.
EV-5 Pedal de expressão da Boss
FV-500H Pedal de volume da Boss
b. Booster
Não é propriamente um efeito, visto que vários pedais podem ser
usados para dar um incremento no sinal. Os mais comumente utilizados
são: equalizador, compressor, overdrive e alguns A/B Box que possuam tal
função.
Booster da MRX
c. Trêmolo
Produz uma variação cíclica do volume através de um oscilador de
baixa freqüência, como se o botão de volume fosse repetidamente
aumentado e diminuído.
TR-2 da Boss
d. Auto-trêmolo
É um tipo de trêmolo onde a modulação da freqüência é variada por alguma característica do sinal, geralmente a amplitude.
e. Pan
Outro tipo de trêmolo, mas que funciona em mais de um canal. Enquanto um canal opera em volume baixo, o outro trabalha em alto.
f. Ping-Pong
Quando a variação é feita em fontes sonoras diferentes, o sinal se
move de uma para outra fazendo um dos volumes aparecer na fonte oposta
ao do outro volume.
g. Compressor
Este efeito atenua os componentes de alto nível e dá ênfase aos de
baixo nível, mantendo o nível geral do sinal, a partir de um determinado
volume, ao agir na razão entrada/saída de sinal no amplificador. Isso
tende a deixar a amplitude do som em equilíbrio, resolvendo problemas de
picos sonoros causados por palhetadas mais fortes ou de notas tocadas
com menos força, dando-lhes mais “sustain” sem distorcê-las.
CS-3 da Boss
h. Noise Gate
Não se trata de um redutor de ruídos pois sua função é cortar o
sinal sonoro quando sua intensidade está baixa e o ruído começa a
aparecer. Como o próprio nome diz, trata-se de uma porta que se abre
conforme o ajuste determinado, permitindo que tanto o som quanto o ruído
passem. Tecnicamente, o Noise Gate é exatamente o oposto do Limitador.
Smart Gate - Noise gate da MRX
i. Noise Supressor
Corta os sons produzidos pelo captador da guitarra quando não se
está tocando o instrumento ou os ruídos resultantes da conexão de
múltiplos efeitos, ou ainda, aqueles gerados quando se dá muito ganho ao
sinal.
NS-2 da Boss
j. Limitador
Tipo de efeito que atenua os picos de freqüência e previne a
sobrecarga de sinal. De certa forma, faz uma parte daquilo que o
Compressor faz, pois atua somente nos picos do sinal, alterando o ganho
de entrada para manter um nível fixo de saída.
LMB-3 da Boss. Esse é de baixo :]
k. Sustain
Comparado ao Limitador, faz a outra parte do trabalho de um
Compressor, ou seja, amplifica o sinal fraco gerando maior sustentação
sem provocar sua distorção.
CS-3 da Boss
l. Atack Delay
É uma variação do Noise Gate onde a transição de “On” para “Off” ou a
falta de sinal é diminuída pela subida no nível do sinal remanescente a
cada nova nota tocada.
m. Auto-Swell
Genericamente é um aumento no volume do som, a partir de um nível,
até o final deste. Pode adicionar “sustain” a algumas notas ou dar uma
“engordada” no volume para o caso de alguns solos, por exemplo.
EFEITOS DINÂMICOS (DISTORÇÕES)
a. Overdrives
É uma distorção mais natural, semelhante à que é produzida por um
amplificador valvulado, em que o sinal é primeiramente comprimido para
depois ser distorcido de modo assimétrico.
OD-3 overdrive da Boss
MRX Wyld Overdrive - Zakk Wyld Signature
b. Distorção
Trata-se de uma classificação para os pedais que adicionam um nível
maior de distorção que aquele proporcionado pelo Overdrive. O sinal fica
mais “sujo” tornando-se ideal para estilos mais “pesados” de Rock.
MD-2 Mega Distortion da Boss
MRX Distortion +
c. Fuzz
Podemos classificar o Fuzz como “ O mais distorcedor dos
distorcedores”. Inventado por acidente, tornou-se célebre por ter sido
largamente usado por Jimi Hendrix.
Fuzz Face - Precisa falar mais alguma coisa?
CONTROLES DE TONALIDADE
Os efeitos classificados nessa categoria podem incluir desde o
simples botão de tonalidade da guitarra até os mais sofisticados
equalizadores gráficos, contendo dezenas de bandas de freqüência.
Equalizador
Permite cortar ou amplificar freqüências a fim de buscar o
equilíbrio entre as mesmas. Com ele é possível selecionar quais
freqüências serão distorcidas, quais estão em excesso ou quais precisam
de um ganho maior. É importante ter critério na equalização, pois, à
medida que se alteram as freqüências originais, perde-se o timbre real
do instrumento.
Existem vários tipos de equalizadores que se distinguem pelos
diferentes tipos de filtros que os compõe. Os mais comumente encontrados
são:
1) Equalizador Shelving: É o mais utilizado na maioria dos
equipamentos caseiros, amplificadores e similares. São os famosos botões
de grave, médio e agudo. Num filtro shelving cada banda controla uma
gama de freqüências.
2) Equalizador Gráfico: É utilizado em pedais, alguns
amplificadores e muito utilizado em shows sob o formato de módulo. Ele
divide o espectro das freqüências em frações de oitavas. Cada fração é
chamada de “fader” e controla uma banda de freqüência que é designada
pela sua freqüência central. Cada banda é um filtro peaking que não
interfere nas bandas vizinhas.
3) Equalizador Sweep: Esse tipo de equalizador conta não só
com o controle “amplifica/corta” usual, mas também com um controle que
permite deslocar a freqüência central do controle principal ao longo do
espectro de áudio.
4) Equalizador Paramétrico: É o mais complexo, pois seus
controles permitem que se escolha o tipo de filtro, a freqüência e a
largura da banda que se pretende alterar.
GE-7 da Boss, que acredito ser o equalizer mais usado.
b. Simulador
Nesta categoria enquadram-se vários pedais com diversas finalidades.
Em comum, todos têm o objetivo de “imitar” determinado timbre ou
equipamento, como por exemplo:
1) Simulador de pickups: simulam tipos de captadores (single coil ou humbucker)
2) Simulador de amplificador:simulam timbres de amplificadores e caixas acústicas com seus alto-falantes.
Sansamp GT-2, Lenda dos simuladores de amplificadores
Behringer GDI 21, um dos clones do GT-2
3) Simulador acústico: permite à guitarra simular violões.
AC-3 da Boss
4) Simulador de guitarra: faz o violão soar como uma guitarra.
AD-8 da Boss
c. Wah Wah
Varia o timbre da guitarra utilizando-se de um filtro “Low Pass”
ativo. É como se o botão de Tone fosse constantemente mexido de forma a
alternar os graves e agudos da nota. O efeito é controlado através de um
pedal de expressão.
Os wha-wha's da Dunlop
d. Auto-Wah (Envelope Filter)
Tipo de Wah Wah normalmente usado em Raggae pois a base deste ritmo
exige que se fique alterando o timbre constantemente, o que às vezes é
complicado ou incômodo para o guitarrista controlar através do pedal de
expressão. O Auto Wah responde de duas maneiras:
1) De acordo com o ataque da palheta nas cordas (quanto mais forte o ataque, mais agudo o som).
2) Através de um oscilador interno que fica produzindo o efeito enquanto este estiver ligado.
AW-3 da Boss
e. Pitch Shifter
Outro tipo de Wah, mas que varia o timbre em oitavas. O mais famoso deles, Whammy, é marca registrada da Digitech.
Whammy da Digitech
f. Vibrato
Efeito que oscila a freqüência da nota. É como se a afinação da nota (Pitch) fosse rápida e repetidamente elevada e abaixada.
UniVibe, da Dunlop
g. Phase Shifting
Este efeito gera cortes de freqüência e/ou picos através de um
filtro de resposta que mistura Delays de fase longa com o som original.
PH-3 da Boss
h. Oitavador
É um efeito que faz com que o som seja gerado uma oitava acima do
que foi tocado. De modo analógico, este pedal soma a parte inferior com a
superior da onda sonora. Assim, o som sai com o dobro da freqüência
original.
OC-3 da Boss
i. Dinamic Wah (Dinamic Filter)
Tipo de Wah que produz um tipo de vocalização do som. O efeito tenta reproduzir a voz humana.
AW-3 da Boss
j. Talk Box
Efeito em que a boca do guitarrista é usado como um tipo de “caixa
de ressonância”. Se comparado com o efeito anterior, temos no Dinamic
Wah a guitarra “imitando” a voz humana e no Talk Box o humano “imitando”
a voz da guitarra...
O Talk Box funciona da seguinte maneira: Uma mangueira que sai do
pedal (um pequeno amplificador) é colocada ao lado de um microfone. O
guitarrista coloca essa mangueira na boca e o formato que ele der para
sua boca modulará o som que sai do pedal para a mangueira. Este som, por
sua vez, é captado pelo microfone e enviado ao amplificador.
Como exemplo de músicos que utilizam este efeito, estão Ritchie Sambora (Bom Jovi) e Peter Frampton, entre outros.
Heil Talk Box, da Dunlop
k. Ressonator
Tipo de filtro que acentua uma determinada freqüência e atenua todas
as outras. Escolhida a freqüência, o nível de ressonância define o
quanto esta freqüência será amplificada.
EFEITOS DE TEMPO (ATRASO LONGO)
São efeitos que adicionam um som espacial como conseqüência de
múltiplos cortes de específicas freqüências em um sinal. O ouvido humano
é “enganado” ao ser ter a sensação de estar num espaço acústico em que
há ocasionais pausas e ecos no som.
a. Delay
Basicamente é um efeito gerado através de atraso no som. Se, ao se
gerar o atraso, a velocidade das fases é mantida baixa mas o comprimento
do trajeto de uma delas é aumentado, os dois sinais terminarão por
entrar em fase de novo. No entanto, o segundo sinal estará um ou mais
ciclos atrás do primeiro. Quando o atraso atinge alguns milissegundos,
produz-se um efeito de duplicação. Esse atraso pode ser gerado apenas
uma vez, ex: KABUM, BUM.
DD-6 da Boss
b. Echo
É o mesmo efeito anteriormente descrito, porém, dessa vez o sinal é
atrasodo por mais do que alguns milissegundos, o que provoca uma
repetição definida, ou eco. O sinal é adicionado e processado com o som
original por diversas vezes, regularmente distribuídos e com intensidade
decrescente, ex: KABUM, KABUM, BUM, BUM, BUM, UM, UM...
c. Reverse Echo
Como o próprio nome diz, é o efeito inverso ao Echo, ou seja, o som
começa com pequena intensidade e aumenta até que se tenha o som
semelhante ao original.
MODULADORES (ATRASO CURTO)
Consiste em filtros que trabalham com o tempo, mas de maneira
diferente daquela feita pelos processadores de tempo anteriormente
descritos.
a. Chorus
Adiciona ao som original o mesmo som após um pequeno atraso. Essa
duplicação é conseguida através de realimentação, semelhante à que
ocorre com o Delay. A diferença está no tempo de atraso, que no Chorus é
bem mais curto, o que gera a impressão de que mais de um instrumento é
tocado.
CH-1 da Boss
CH-5 da Boss
b. Flanger
Basicamente um Chorus que opera com um oscilador de baixa freqüência
tornando o atraso do sinal inconstante. O sinal atrasado é criado com
um “Pitch” diferente do sinal original, o que faz a nota “tremer” ou
oscilar.
BF-3 da Boss
c. Phaser
É um filtro do tipo Phase Shifting que atrasa a fase do sinal,
gerando um “feedback” que é somado ao som original criando o efeito do
tipo rotatório, como uma turbina de jato, por exemplo.
EVH Phase 90, da MRX. Van Halen Signature!!
d. Ring Modulation [b/]
[b]EFEITOS DE AMBIÊNCIA
São efeitos que procuram simular as características acústicas originais dos vários ambientes onde se é possível tocar.
a. Reverb
Quando as repetições de eco são tão numerosas e tão próximas entre
si que o ouvido humano não pode mais distingui-las, o eco se transforma
num som contínuo que desaparece lentamente. A esse som é dado o nome de
reverberação. O efeito de Reverb procura reproduzir a reverberação
natural do som em um determinado ambiente, desde salas pequenas ou
grandes auditórios e catedrais, até espaços abertos como estádios, ex:
KABUUUUUUUUUUUMMMMMM.
RV-5 da Boss
Fonte: http://forum.cifraclub.com.br/forum/7/144946/
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