terça-feira, 7 de agosto de 2018

DICA: EQUIPAMENTOS PARA VOCALISTAS

Já reparou que, normalmente, em grupos musicais com muitos componentes como o nosso, é comum que os instrumentistas invistam em equipamentos e instrumentos caros para ter o máximo de qualidade sonora possível, mas em se tratando de vocalistas, a coisa nem sempre caminha da mesma maneira? Esse fenômeno corriqueiro, geralmente, se dá pelo fato do músico necessitar de seu instrumento para estudar em casa e se aperfeiçoar, e um vocalista não (já que seu instrumento é a própria voz).
Mas a verdade é que se você pretende trabalhar com música ou utilizá-la como uma estratégia de comunicação e mobilização, precisará ter à disposição um kit pessoal específico para executar bem a tua função, pois o cuidado que cada um tem em zelar por suas aparelhagens demonstra a competência e a seriedade do trabalho que está sendo desempenhado.

Portanto, se você canta com uma certa frequência; não possui equipamentos profissionais; e deseja com que seu desempenho cresça e alcance excelentes resultados,  este post é todo teu!  
Sabemos o quanto é constrangedor ser convidado para cantar em ocasiões onde o único recurso disponível é um microfone de karaokê infantil.  E é exatamente por isso que sempre sugiro aos vocalistas do Tribo Coral, que se empenhem em adquirir os quatro itens básicos de um backing vocal.

1-Microfone c/ fio (profissional); 2- Cabo 5 mt Cannon XLR
3-Adaptador XLR Fêmea para P10 macho; 4-Pedestal de microfone;
Para facilitar suas aquisições, procurei me informar sobre as marcas mais respeitadas e mais vistas hoje no mercado e levantei alguns comentários profissionais dos técnicos de som do site Som Ao Vivo, que considerei úteis para facilitar tua escolha na hora da compra. Mas, antes de tudo, saiba que existem muitos microfones piratas no mercado que possuem apenas a capa de uma marca famosa, mas por dentro a cápsula é de baixa qualidade. Portanto: nunca compre um microfone pela marca, preço ou sem antes testá-lo na tua voz, ou poderá amargar sua precipitação.

MICROFONES COM FIO MAIS ADEQUADOS

SHURE SM58: é um microfone que funciona muito bem para 90% dos tipos de voz. Possui reforço nas  regiões médio-altas o que ajuda a voz a se sobressair em meio aos instrumentos. Tem uma sonoridade que virou referência mundial, por isso ele sempre serve como padrão de comparação nos testes de qualidade. Isso sem contar que é um microfone que dura décadas. Mas há de se lembrar que alguns tipos de voz não ficam bem nele (por exemplo, vozes muito agudas costumam ficar irritantes). Porém nada que o operador de som não resolva. Média de preço: R$ 500,00.

SHURE BETA 58A: É o SM58 melhorado na condição de médio-graves. Possui mais graves e um pouco de mais agudos que o SM-58. Se já gostamos do som do SM, que dirá do Beta. Uma "delícia" de sonoridade. 10 entre 10 pessoas que opinaram no teste elegeram o Shure Beta 58 como o melhor microfone! A primeira (e muitas vezes, única) escolha de quem faz sonorização profissional. Tb tem uma captação mais avançada (esse é um Supercardióide). Os modelos sem fio costumam ser os mais comuns em ambientes de alta performance, por ter uma relação de custo X beneficio viável. Só desconfie quando ele estiver muito barato, pois ele é o favorito no mercado pirata.  Média de preço: R$ 850,00.
ÁUDIO TECHNICA MB-1K: Mesmo sendo uma série profissional mais simples, tem excelente sonoridade. Em relação ao Q7 da SAMSON, o MB-1K tem um grave pouco melhor, mas é nos agudos que o microfone impressiona, quase ao nível do exagero. Os agudos são muito realçados, faz qualquer voz feminina "aparecer" mais, até mais que em um SM-58. O problema é o risco de sibilância (chiados no som do ssss). Para uma voz feminina, principalmente para quem canta com pouco volume, o MB-1K vai fazer a voz aparecer bem mais. Para uma voz masculina, o Samson Q7 parece ser mais "equilibrado". Comparando-se com o Shure SM-58, o MB-1K dá mais impressão de "brilho" (agudos), mas a sonoridade é bem diferente, sente-se falta de graves e é um som mais "pobre", sem detalhes. Mas pelo preço, é uma ótima escolha. Média de preço: R$ 240,00.

AUDIO TECHNICA MB-3K: A característica marcante são os graves bem mais encorpados que o seu irmão, o MB-1K, que o faz ideal para vozes masculinas. Ainda assim, tem resposta de agudos ampliada em relação ao outro, o que o torna um microfone que pode ser bem utilizado para qualquer tipo de voz, masculina ou feminina. Muito bom seu som. A Audio-Technica fez um bom trabalho, deixando a resposta de freqüência muito boa, sendo uma alternativa mais barata e bastante interessante ao Shure SM-58. "Show de bola" esse microfone. Média de preço: R$ 310,00. 


SAMSON Q7: é o top de linha da Samson. Boa sonoridade, responde bem a graves e agudos, mas fica bem longe do Shure SM-58. Entre os microfones de segunda linha, foi o que melhor sonoridade apresentou. Quem já o usou garante que o mesmo agüenta altos níveis de pressão sonora. Pelo preço, uma boa compra com certeza. Fica a dever no quesito resistência, que ainda não foi testada e comprovada, pois é um modelo relativamente novo de um fabricante com pouco tempo de mercado. Média de preço: R$ 180,00.
AKG D770:  Me parece que esse microfone já saiu de linha, mas ainda temos vendedores fazendo negócio com ele em segunda mão. Se você viu uma raridade dessas por aí, saiba que ele tem um agudo fantástico, onde a voz aparece bastante clara e bem rica em harmônicos. Também, esse microfone tem um realce em todas as freqüências. Sua sonoridade é bastante agradável para uma voz masculina e, para uma voz feminina, é fenomenal, até melhor que o SM-58. Para vozes femininas que cantam mais baixo, dá um incremento muito bom. Para vozes femininas que cantam muito alto, esse incremento pode até ser exagerado. Vai depender do estilo musical. Média de preço: R$ 350,00.


SENNHEISER E835 Fantástico este microfone! Bons graves e bons agudos, na medida certa, formando um perfeito equilíbrio. Suave na região dos graves e um som bastante rico nos médios e agudos. O Sennheiser apresentou uma sonoridade mais harmoniosa, um "conjunto" muito, bem semelhante ao Shure SM-58. Ele tem até um pouco mais de agudos que o SM-58.Alguns dos grandes nomes do áudio brasileiro dizem que o E835 é tão bom ou até melhor que o Shure, custando bem menos. Média de preço: R$ 500,00.

BEYERDYNAMIC OPUS 39: Para uma voz masculina, que queira dar uma boa sensação de "peso" e "poder" na voz, o Opus 39 é uma escolha até melhor que o Shure SM-58 e o MB-3K. Ele faz os graves aparecerem bem mais. E o preço é bem melhor. Ele também não decepciona nos agudos. Pode deixar uma voz masculina mais encorpada que o original, o que pode ser muito útil. Mas não use em vozes do tipo baixos: o grave já forte ficará excessivo. Para vozes femininas, show de bola. Além dos excelentes graves, podemos esperar um som bastante rico em agudos. Sua resposta de freqüência em relação também ao efeito de proximidade é muito boa. Além disso, tem um pouco mais de sensibilidade que os concorrentes, captando o som bem de longe. Média de preço: R$ 340,00.

AKG D5 (ou D880 nome antigo): A mesma sonoridade que o D770, agora na versão supercardióide e com muito mais sensibilidade. Muita gente elogia esse microfone, como até melhor que o Shure SM-58. Se as sonoridades são parecidas para vozes masculinas, para vozes femininas não há nem o que dizer: AKG D5 ganha longe em relação ao Shure SM-58: mais agudos, mais sensível, supercardióide. Um real concorrente para o Beta 58. Média de preço: R$ 490,00.                                                                                                                                            Eu não compraria Behringer, Lesson e outros com preços inferiores, pois tem uma sonoridade muito pobre. Também não recomendo microfones condensadores, uma vez que vamos usar no palco e estes captam muito mais o som em volta dele.
Agora, se quiserem algo SEM FIO, podem se preparar para desembolsar um valor acima de 1.500,00 reais, pois bons microfones sem fio estão custando acima desta faixa.

Ah...existe um microfone COM FIO nesta faixa de preço também, é o top utilizado pelos cantores mais exigentes do mundo:

NEUMANN KMS 105: Este é o top internacional dos microfones. Utilizado nas grandes gravações de DVD e pelos maiores cantores do mundo. Média de preço: R$ 2.400,00
Por este preço eu acho que ele deve cantar, improvisar, ministrar e reger o coral sozinho kkkk...mas prefiro deixar a brincadeira de lado, pois um dia muitos de vocês cantarão em muitos iguais a esses! Se tem fé, então pode dizer amém pra isso!!!!
Taí a análise pessoal! 
 
 
 
 
 
 
fonte: http://tribocoral.blogspot.com/2010/11/equipamentos-de-um-bom-cantor.html

terça-feira, 3 de julho de 2018

Behringer EQ700 Graphic Equalizer 7-Band EQ Pedal

OVERVIEW 
 
Get total control over your tone and put the brakes on annoying feedback, no matter what the performance situation.
Finding it hard to get the perfect sound from your guitar? Maybe your guitar gets lost in the mix? Do you have major feedback issues with your acoustic? The problem's not your guitar-you need an equalizer! You can instantly improve the sound of your guitar with a little help from the EQ700.

Most performers don't have a clue about what good equalization can do for their sound. Maybe you've heard the old maxim, "Make a sine-wave to get really good sound," or "Make a smiley-face, that always works." Sadly, this qualifies as advice from the uninformed. Just as every room is unique, so is every musical instrument. Even guitars made by the same manufacturer, using the same materials, on the same day can vary a great deal.

People provide a good example of this principal-although we are all similar, we don't all wear the same size shoes, or even have the same color eyes. There is no one "perfect" equalization curve that fits every scenario; equalization is dynamic.

Most acoustic and electric guitar energy lies between 100 Hz and 6.4 kHz. Even slight changes in this range can cause a tremendous variation in overall energy and impact, as the human ear is especially sensitive to this range.

Boosting frequencies around 200 Hz - 400 Hz often provides warmth and body, while boosting frequencies in the 3.2 kHz - 6.4 kHz range adds clarity to clean guitar signals. Depending on the amount of distortion, this same range can ruin the sound of an overdriven electric guitar by adding harsh harmonics.

One of the most common mistakes is adding too much bass to acoustic guitars. If the low frequencies are boosted excessively, acoustics can easily get lost in the overall mix. Most acoustic guitars are also prone to feedback in the 200 Hz - 400 Hz range.

A general rule of thumb-the best results are often achieved by finding and reducing the frequency bands that are offending, and then turning up the overall volume, rather than boosting one specific band.

How the specific frequency bands of the EQ700 can shape your sound:
100 Hz (low bass)
Boost: To add fullness to guitars, especially clean electrics
Cut: To reduce muddy or boomy tone and control acoustic guitar feedback
200 Hz (soft bass)
Boost: To increase the warmth of all guitars and provide a slightly harder sound
Cut: To increase clarity and reduce feedback in acoustic guitars
400 Hz (hard bass)
Boost: To add definition to rhythm parts
Cut: To reduce feedback in acoustic guitars (This is a major feedback zone for piezo-equipped flattops)
800 Hz
Boost: To add an aggressive edge to the overall sound
Cut: For reducing the nasal or horn-like content, often referred to as the "cheap guitar" syndrome
1.6 kHz
Boost: To make the guitar cut through the mix. Creates a more distinctive plucked tone
Cut: To eliminate dullness and competition with vocals (vocal fundamentals occupy the range from about 1.0 kHz - 2.5 kHz)
3.2 kHz
Boost: To add significant attack to all guitars. Creates an even more distinctive plucked tone
Cut: To eliminate harshness
6.4 kHz
Boost: To add edge and increase brightness to all guitars
Cut: To soften thin-sounding guitars and remove string squeak
 
Fonte: https://www.musiciansfriend.com/amplifiers-effects/behringer-eq700-graphic-equalizer-7-band-eq-pedal

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Reverb de Convolução

Reverb de Convolução

In blog by zasnicoff

Campo ReverberanteA onda sonora emitida pelo instrumento se espalha no ambiente. Primeiro, chega diretamente ao ouvinte. Mas segue seu caminho, para várias direções, e atinge superfícies. Reflete. Para outras direções. Passa de novo pelo ouvinte. Continua adiante, reflete em outras superfícies, e em outras mais, atinge o ouvinte.

No mesmo instante, outras centenas ou milhares de reflexões estão ocorrendo. Algumas acabaram de passar pelo ouvinte, outras chegarão em frações de segundos.

Num curto espaço de tempo, o campo sonoro dentro da sala estará um verdadeiro caos. Milhares de ondas sonoras, de diferentes intensidades e fases, seguem o som original da fonte sonora, criando o que chamamos de REVERBERAÇÃO.
Colocando a “beleza” desta reverberação de lado (que é extremamente subjetiva, depende do ouvinte, do instrumento, andamento, estilo musical, contexto, entre outros), o fato é que o som final (resultante do som direto, das reflexões primárias, fortes e espaçadas e do campo reverberante que soa como uma cauda), depende totalmente da posição da fonte sonora, da posição do ouvinte (ou do microfone), da geometria da sala, de seu tamanho e dos revestimentos existentes.
Cada sala tem o seu próprio tipo de reverb. Para efeitos deste texto (mesmo porque cada literatura trata o assunto de uma maneira diferente), chamaremos de REVERB todo o som que segue o original. Portanto, o conjunto de reflexões primárias e tardias, que dependem das características acústicas da sala.
Em outras palavras, podemos dizer que toda e qualquer sala possui uma “impressão digital”, única, característica, que determina como o som se comportará dentro dela. Algumas impressões digitais são bem conhecidas do público em geral. É provável que a grande maioria das pessoas identifique facilmente se um som foi gravado ou está sendo gerado dentro de um ginásio de esportes, ou de uma catedral. Cavernas, banheiros, salas de concerto, e por aí vai. E ainda assim, cada banheiro tem o seu próprio “som”.
(Certa vez, em viagem à Nova Iorque, não pude deixar de reparar no som incrível de uma sirene do carro de bombeiros no meio da cidade, cercado por arranha-céus. Aí está um som bastante característico, como se Nova Iorque tivesse o seu próprio reverb inigualável.)
Nosso cérebro tem uma capacidade incrível de memorizar estas informações, sem que precisemos nos esforçar. Desde criança, aprendemos a identificar os sons dos ambientes. Cada experiência auditiva nova é mais uma memória armazenada no nosso banco de dados de impressões digitais.
Podemos julgar com bastante facilidade se um determinado som é “real” ou “artificial”. Se uma pessoa está próxima ou distante, se a sala é grande ou pequena, reflexiva ou abafada, se uma gravação soa natural ou dá a impressão de que cada instrumento está em uma sala diferente. Talvez não possamos identificar detalhes, mas certamente conseguimos julgar se a reverb é ou não convincente.

Reverb nas Gravações

No mundo ideal, quando queremos que um determinado instrumento, música ou banda tenha uma sonoridade específica, simplesmente gravamos o som naquele ambiente. Tudo seria muito fácil, se não fossem os problemas.
Pra começar, nem sempre temos acesso ao ambiente desejado. Se por algum motivo eu precisar se uma sirene de bombeiros em NY, naturalmente não vou viajar até lá e esperar com meu gravador até que algum carro de bombeiros passe por mim, torcendo para que nenhum outro ruído aconteça ao mesmo tempo.
Outro grande problema é o tele-transporte do ouvinte até o local da ação. Uma coisa é estar presente no local e escutar o reverb com os dois ouvidos. Outra coisa é gravar este reverb (1 microfone? 2 microfones? A que distância?) e esperar que o ouvinte tenha a mesma sensação, como se estivesse presente. Como ele irá escutar? Com fones? Através de caixas? Em que ambiente? No local real, o som chega por todos os lados. Com caixas acústicas, o som vem pela frente…
Como você já percebeu, capturar um reverb natural nas gravações não é tarefa fácil e só teremos uma boa chance de sucesso quando a técnica de microfonação é MUITO precisa e testada, e quando a sala, de fato, apresenta um reverb desejável, exatamente como queremos em nossa música.
No mundo real, a grande maioria das gravações ocorre em um estúdio, uma vez que ali estão os equipamentos, instrumentos, profissionais, isolamento etc. Eventualmente o estúdio, ou a sala de gravação, pode não ter um reverb muito interessante, pelo menos para alguns instrumentos. E depois que o reverb está gravado, não há como retirá-lo! A solução é usarmos estúdios relativamente “secos”, com pouca reverberação, e posteriormente adicionarmos reverb artificial durante a mixagem.
Aí entram os processad
ores de reverb. Fazer o som soar como se estivesse na 5a. avenida de NY é agora responsabilidade do equipamento (hardware ou software, na forma de plugin). Todas as gravações foram realizadas de maneira “neutra”, sem nenhuma impressão digital marcante, e em teoria temos a liberdade de adicionar qualquer impressão que desejarmos.
Mas isto é teoria, porque simular o mundo real nunca foi tarefa fácil! O processador de reverb precisará cirar e adicionar ao som original um campo sonoro extremamente complexo e convincente, a ponto de enganar nosso cérebro.
(Ok, nem sempre precisamos “enganar” o cérebro. Alguns reverbs antigos e tradicionais, baseados em peças físicas e móveis, como o do tipo “mola”, usado em amplificadores de guitarra, ou do tipo “plate” – um clássico nas vozes dos anos 60 – não soam nada naturais, e mesmo assim podem deixar o som, digamos, mais interessante. Aí entramos no terreno da estética, dos modismos e dos sons que marcaram épocas. Vamos nos concentrar na capacidade de simular ambientes reais.)

Processadores de Reverb

Nos tempos modernos, dos equipamentos digitais, existem basicamente dois tipos de processadores de reverb. Os de Algoritmo e os de Convolução.
No primeiro caso, o usuário escolhe algumas características da “sala virtual” (como tamanho e tipos de revestimentos) e o processador irá calcular as centenas ou milhares de ondas sonoras que compõe o reverb. Haja cálculo! Cada uma das ondas tem seu próprio percurso, sonoridade, atraso. Não é difícil entender porque um reverb de algortimo tem que ser MUITO bem projetado para criar um som convincente. No mundo da tecnologia, precisão e velocidade equivalem a custo! Queremos que o reverb seja simulado em tempo real (enquanto escutamos o áudio, para fazermos julgamentos e ajustes) e que tenha excelente qualidade, sem fundir a CPU do computador.
Existe de tudo no mercado. Reverbs excelentes e caros, reverbs medíocres e gratuitos. A cada nova mixagem, me convenço ainda mais da importância de um bom reverb na sonoridade final. Pode chegar ao ponto de fazer a diferença entre uma produção profissional e uma amadora. Consequentemente, esteja preparado para investir um bom dinheiro em equipamentos (ou plugins) e computadores potentes para atingir um alto nível de qualidade em reverbs.

altiverb - Reverb de Convolução

O outro tipo de processador utiliza uma tecnologia chamada Convolução para criar o reverb. Ao invés de prever, simular e calcular as ondas sonoras, uma impressão digital real da sala é usada. Esta impressão é capturada através de um processo de gravação (extremamente complexo e delicado) que capta a “sonoridade” de um ambiente qualquer, em um arquivo digital chamado RESPOSTA AO IMPULSO (Impulse Response ou IR).
No momento do processamento, este arquivo é misturado ao áudio original (seco) e o cálculo de convolução faz o áudio soar como se estivesse de fato naquele ambiente! Os processadores de convolução normalmente trazem suas próprias bibliotecas de impulsos – salas de concerto, ginásios, estúdios, catedrais, banheiros, quartos, salas – às vezes de ambientes inusitados – como o  interior de um tanque de guerra – e não raramente, impressões digitais de salas famosas, como o Royal Albert Hall de Londres.
Gostaria que o seu vocalista soasse como se estivesse cantando no centro do Coliseu em Roma? É só usar este impulso,  que já foi gravado dentro do Coliseu e está disponível no mercado.
O resultado final, naturalmente, depende da qualidade do arquivo de impulso. Existem excelentes impressões digitais à venda e para download, dos lugares mais curiosos e famosos. A maioria delas pode ser utilizada por diferentes modelos de processadores de convolução. Problema resolvido? Negativo. A convolução também é um processo EXTREMAMENTE pesado e exige muita CPU. Leia-se computadores potentes e caros.

Qual usar?

No dia-a-dia, acabamos usando reverbs de convolução nos casos mais críticos, como por exemplo, durante a masterização. Nesta fase, não precisamos processar muitos canais simultaneamente e o reverb terá um impacto decisivo, pois será adicionado ao áudio final, já mixado.
Durante a mixagem, nem sempre podemos nos dar o luxo de usar um processador de convolução em cada instrumento. Acabamos abrindo mão da qualidade para usar processadores de algoritmo mais simples. Reservamos CPU para as trilhas mais importantes.
Uma coisa é certa: trata-se de uma questão de tempo até que todos tenhamos acesso a uma imensa capacidade de processamento, a baixo custo. Neste ponto, os reverbs de convolução serão amplamante utilizados. Ou então, novos reverbs de algortimo extremamente convincentes serão desenvolvidos. De um jeito ou de outro, é apenas uma questão de tempo.
Talvez em menos de uma década todos nós possamos usar reverbs, compressores e equalizadores IMPECÁVEIS. Assim como hoje algumas pessoas já têm acesso aos reverbs de convolução que nem eram imagináveis há 20 anos atrás. E curiosamente, algo me diz que nem por isso teremos melhores músicas no futuro…

Qual o seu Reverb Favorito?

Deixe seu comentário. Fale sobre os seus modelos. Qual o seu preferido? Por que? Que IRs interessantes você já utilizou? Qual o IR mais curioso no mercado?

Fonte:  http://academiadoprodutormusical.com/blog/1920-reverb-de-convolucao/


sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Frequências

Frequências, Freq. de Falantes e Caixas Acústicas:

Frequência: A frequência de uma onda, é uma grandeza física ondulatória que indica o número de ciclos (oscilações) durante um período de tempo. Para determinar a frequência, basta calcular: Frequência = número de oscilações / tempo (intervalo de tempo).
O vídeo abaixo demonstra todas as frequências em gráficos de reprodução, estéreo / mono, além de dicas de utilização! Tenha uma boa caixa de som ou fone ouvido, com resposta de frequência de graves, médio e agudos bem definidas para poder distinguí-las.





A frequência sonora é medida em Hertz (hz). Para entender melhor, vamos supor que 1hz consiste no movimento do cone de ir e voltar 1 vez em 1 segundo. O ouvido humano inicialmente consegue ouvir frequências de 20hz para cima, chegando até 20.000hz (20Khz). As faixas mais lentas, de 20~30hz por exemplo, irão render mais vento do que som do alto falante, pois são movimentações muito lentas, por isso indicamos trabalhar sempre de 40hz para cima. Normalmente, falantes de 18” são cortados de 45/50hz para cima, falantes de 15” de 45/55/65hz para cima, e de 12” em média de 60hz à 120hz, dependendo do estilo musical e função do alto falante.
Exemplos de Frequências em alto falantes: Para se ter um bom exemplo, aqueles graves estendidos que dão os subwoofers com borda de borracha (pionner, mtx, kicker), são em média de 35hz à 80hz de frequência com picos próximos a 60hz. Já os woofers grandes de 18” e 21” também chegam fortes nessas frequências baixas. Porém, normalmente com picos próximos de 90hz. Já os falantes de 15” normalmente projetados para grave e sub-graves, rendem mais entre 45~120hz, com picos próximos à 100hz. Os woofers de 12”, projetados para pancadão automotivo, mais seco, com FS acima de 80hz, rendem bem entre 65~350hz, com picos entre 150hz. Os falantes de 10 e 12” de médio-grave, dependendo do modelo, são projetados para 80~3000hz, com picos próximos de 300hz, assim como os 10” de médio-grave. Já os de woofers 8 e 6” normalmente são projetados para 90 ~ 5000hz, ficando com picos próximos à 350~500hz, e são muito usados em som profissional como line arrays menores, som ambiente, etc.

Escolhendo o Falante: Este é um dos passos mais importantes, pois depende do seu gosto musical. Além do falante são os dutos e a litragem da caixa que fazem a frequência da caixa, sendo assim temos algumas dicas:

Tamanho do falante: Normalmente quanto maior o cone, mais ar ele terá de empurrar. Imagine você empurrando um prato pequeno com toda sua força, e depois uma tampa de panela grande de 50cm. Assim você entende que falantes maiores tem facilidade em frequências baixas (30~80hz, vibrações por segundo) e que falantes menores conseguem vibrar melhor acima de 100hz ou mais vibrações por segundo. Por isso um falante de 18” tocará frequências mais baixas (entre 30~100hz) com graves mais estendidos (estilo Rap, Funk, Hip-Hop), dando pouca voz e pancada rápida. Já os woofers de 12” conseguem tocar mais rápido e firme, dando também mais voz (dependendo do modelo, pois existem falantes de 12 e 15” de grave e também de médio-grave, porém normalmente os falantes de 15” são mais graves do que médio-grave). Os falantes de 15” são mais vendidos pois tocam bem todos os estilos, conseguem tocar músicas de pancada mais rápida ou seca e músicas de grave mais estendido. Devido a isso, a maioria das casas noturnas usam 18” no chão para sub e 12” no teto para médio-grave (voz/grave seco). E também os de 8” e 10” que são muito bons para voz limpa e clara (altamente indicados para qualidade).




Parâmetros dos alto falantes x Frequências:

Fb: Frequência de sintonia (ressonância) da caixa acústica dutada (Vented/Bass Reflex). É a sintonia que você dá à caixa. Se você fizer ela em 50hz, então abaixo disso vai tocar porém não tão eficiente, com menos dB do que a sintonia de 50hz, já acima disso irá tocar bem até um certa frequência, caindo os dB em seguida, de acordo com a relação falante x caixa.

Fs: Frequência de ressonância ao ar livre ou frequência de pico. O Fs é a frequência que o falante pode chegar sem causar danos, de acordo com sua potência. Ou seja, se o Fs do falante é 50hz, significa que abaixo de 50hz existe a possibilidade de danificá-lo em volumes maiores, por isso o uso do crossover é indicado.

Outro parâmetro muito visto é a resposta de frequência. Muitos acham que, pela especificação do alto falante afirmar “de 40hz a 2Khz”, pode-se usar toda esta frequência nele. Tome cuidado, pois este parâmetro normalmente é tirado com +/- 10dB, ou seja, ele rende aquela frequência demonstrada com 10dB a menos.

Tabela das frequências (resumida):

  • 1hz: significa um movimento do cone (ida e volta) em um segundo, é inaudível.
  • 10hz: significa 10 movimentos de ida e volta do cone em um segundo, só vento.
  • 25hz: Mais vento do que som. Movimento mecânico, treme o ambiente.
  • 40hz: Você começará a ouvir o sub-grave, além de sentir tudo vibrando. Sub-grave bem extenso.
  • 50hz à 60hz: Sub-grave com mais pressão, graves fortes porém bem extensos.
  • 70hz à 100hz: Pouco sub-grave. Sensação de mais pressão, vibração.
  • 100hz à 150hz: Muita vibração, grave bem firme, bem forte, dói os ouvidos.
  • 150hz à 250hz: Vibração bem rápida. Aqui os alto falantes com suspensão de borracha já não renderão quase nada.
  • 250hz à 500hz: Muita vibração. Voz mais encorpada e batidas bem rápidas e secas.
  • 500hz à 1000hz: Voz pura, voz encorpada, e também vários instrumentos, alarmes, buzinas, etc.
  • 1000hz à 3000hz: Voz com pouco agudo, voz gritante, buzinas e alarmes mais agudos, outros instrumentos e sons que causam desconforto a nossos ouvidos.
  • 2000z: Esta é a frequência de ressonância da maioria dos humanos. É uma frequência irritante aos ouvidos. Indicamos abaixar essa frequência em 2 a 3 dB, caso você tenha um equalizador, assim o som dos drivers ficará muito mais agradável.
  • 3000hz à 5000hz: Voz com agudo, vozes muito finas e agudos fortes, bem definidos, chiados, sons de violino, teclados, últimas notas da guitarra, sons de metais batendo, etc.
  • 5000hz à 20.000hz: Agudo puro, quanto mais alta a frequência, mais fino e fraco o agudo, ou seja, à 5000hz você ouve um agudo mais forte, porém acima de 10.000hz ele já é muito fraco.

Ouça algumas frequências nesse link.

Abaixo uma tabela de frequência em hz dos instrumentos musicais e vozes humanas, para você ter ideia das frequências de cada instrumento, e outra tabela com um piano, se fosse completo, teria todas as frequências, porém a maioria não passa muito dos 7000hz.


Tabela de Frequências x Instrumentos x Vozes:




Tabela de Frequências x Piano, Guitarra:


Infra-sons e Ultra-sons:


Os Infra-sons são formados de frequências tão baixas (abaixo de 20hz), que não ouvimos. Tremores de terra e erupções vulcânicas são exemplos.
Os Ultra-sons são superiores à 20.000hz, usados por médicos em ecografias (quando vemos o bebê no útero da mulher) ou quando as embarcações usam sonares que emitem sinais para serem refletidos pelos objetos no fundo do mar, calculando a profundidade e avisando se há peixes.
Animais como cachorro e gato conseguem ouvir em média até 50.000hz, já morcegos chegam a produzir e ouvir até 120.000hz Já os golfinhos escutam até 150.000hz.

Tabela de Frequências Audíveis e Infra/Ultra Sons:




O timbre é a característica que nos permite distinguir dois sons com a mesma frequência e a mesma amplitude, mas produzidos por fontes sonoras diferentes. Quando ouvimos, por exemplo, uma nota tocada por um piano e a mesma nota produzida por um violino, podemos imediatamente identificar características sonoras muito distintas. Isso é possível porque cada instrumento vibra de forma distinta e produz harmónicos com amplitudes e frequências diferentes, de acordo com a sua constituição.

Fonte: http://www.somsc.com.br/dicas/frequencias

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Xruns


Documentation : Manual : Latency compensation and xrun reduction tips

Compensating for loopback latency



Although latency mostly refers to buffer size which delays immediate feedback of input, there is additional latency due to the basic processing of your audio interface. There is no way to reduce this “loopback” latency, but its existence will affect the timing of recorded overdubs. To address this, you can tell programs what the delay amount is so that compensation can be made, i.e. the recorded audio will be adjusted in time to account for this delay. Software alone cannot discover what the loopback latency is, so the following procedure is needed to determine the amount of compensation required:

You will need a loopback cable capable of connecting your audio device's physical input to its physical output.

1 - Connect your (mic) input to your (headphone) output with the loopback cable

2 - Start JACK with known good settings

3 - Open a terminal and run jack_iodelay. It will print 'Signal below threshold…' until we make the JACK connections

4 - Use Catia or Claudia to connect the system capture_1 to 'jack_delay in' and connect 'jack_delay out' to the system playback_1 port

5 - With both physical and JACK connections made, jack_iodelay should print output such as 'use X for the backend arguments -I and -O'

6 - In the terminal, use ctrl-C to stop jack_iodelay

7 - In Cadence or Claudia, open the JACK settings and enter the value X from jack_iodelay for both the the input and output extra latency values

8 - Engage the new JACK settings with the “Switch Master” button. If you re-run the above test there should be no additional loopback latency.

This information is used to tell programs how to adjust recordings so that the recorded result will line up precisely with how the original performance aligned with the previous tracks.

Because these settings are not saved in the software to go with the interface choice, you'll need to change them every time you switch devices. The easiest way to do this is to have Claudia sessions for each device so all the settings are saved together.
Minimizing xruns

Disable wireless internet


Wifi adapters have been known to cause random xruns. Some laptops have an external hardware switch to disable wifi. Otherwise, uncheck “enable wireless” in the KDE system tray's network control. If primarily using ethernet, consider disabling wifi (aka 802.11 a/b/g/n) in the BIOS or UEFI menu.
Close unnecessary programs


In general, avoid running unnecessary, CPU-intensive programs when recording.

Many pop-up ads and popular web sites make use of Adobe Flash. If you have any browser tabs open, it only takes one to be using a little bit of Flash to cause a big loss of CPU, lower latency and more xruns. The easiest way to avoid this is to close any web browsers.
Avoid realtime resampling


When using Digital Audio Workstations and similar apps such as samplers etc, it is recommended you convert any sound files you wish to import to use the same sample rate as the one you are using for JACK. Many apps let you import and use sound files of different sample rates to the one you are running JACK with but then attempt to resample the audio 'on-the-fly' and this leads to xruns if your CPU cannot keep up.

You can check the sample rate of audio files using your favourite media player such as smplayer (push CTRL+I when playing your file) or VLC (push CTRL+J) or you can find out from the terminal using mediainfo. soundkonverter and XCFA are good tools for batch conversion of audio files.
Check for IRQ conflicts


Open a terminal and run: cat /proc/interrupts


Ensure that your audio driver is not sharing an IRQ with another device. Fixing this can be as simple as changing which port a USB audio device is using, but otherwise see this guide to fixing IRQ conflicts.



Fonte: http://kxstudio.linuxaudio.org/Documentation:Manual:latency

"O estranho mundo de Jack": Studio Linux BR

O estranho mundo de JACK – Prólogo

Talvez o mais traumático processo de mudança do windows pro linux em audio seja aprender a lidar com o Jack. Muitos não entendem seu funcionamento. E nesses muitos, podemos incluir também usuários linux antigos, que acham que mexer demais no Jack pode ser fatal ao sistema. Mitos e dificuldades a parte, resolvi postar aqui para todos, um guiazinho bem relax sobre as principais características deste poderoso aplicativo que pode transformar seu computador em um super estúdio, e simplesmente deixar você SEM LIMITES quando o assunto for audio. Na verdade todas as informações aqui descritas tem como base a documentação oficial do projeto, e alguns textos interessantes que encontrei na net. Vamos nessa, porque dominar o JACK é realmente imprescindível para maximizar nossos processos em audio.

O que podemos fazer com o JACK?
## Trabalhar em tempo real com audio
## Ligar um programa à outros
## Pegar a saída do mesmo programa e enviá-lo aos outros dois, em seguida, gravar o resultado no primeiro programa
## Sincronizar todo um ambiente com cinco ou seis programas rodando e tocar junto e transformar tudo isso em um audio final
## RESUMINDO: Praticamente tudo é possível ao JACK
Nossa, mas o que é o JACK afinal?
JACK é um sub-sistema de gestão em tempo real, de baixa latência de áudio e MIDI. É um projeto seríssimo que roda em Linux, Solaris, FreeBSD, Mac OS X e Windows (e pode ser portado para outras plataformas ainda, é mole?) Pode ligar um número de diferentes aplicações para um dispositivo de áudio, bem como permitindo-lhes partilhar áudio entre si. Os seus clientes podem executar em seus próprios processos (ou seja, como aplicações normais), ou podem eles podem ser executados usando o JACK como servidor (ou seja, como um "plugin"). JACK foi concebido a partir do solo para o trabalho profissional de áudio, e seu projeto concentra-se em duas áreas fundamentais: SINCRONISMO na execução de todos os clientes, funcionamento e BAIXA LATÊNCIA. Simplesmente o JACK é a tesão de trabalhar DE VERDADE com audio e não ser apenas um arrastador de mouse, ou apertador de botões.
E aí? O tróço é louco ou não é?

Então esmiuçaremos ele em breve...
PS:. O nome dos posts a seguir é uma singela homenagem ao amigo “encrenqueiro” (huahuahua) Raul Dipeas.

O estranho mundo de JACK – Parte I

Vamos agora a primeira parte do nosso esclarecimento do JACK. Reza a lenda que uma vez no linux o JACK só podia ser rodado do terminal, e nessa época obscura os usuários linux sofriam demais com toda a complicação que era usar o JACK. Eis que surgiu a interface gráfica do JACK e os linux user foram felizes para sempre, ou quase (hehehe).

Pois bem o JACK é responsável pela comunicação entre os softwares e sua placa de som e isso faz dele um motor de audio muito útil e até por assim dizer imprescindível para trabalhar profissionalmente. Ao abri-lo você irá se deparar com sua interface gráfica. Vamos ao que significa cada um dos itens dele:

START – inicia o trabalho do JACK
STOP – para o trabalho do JACK (não diga...)
MESSAGES – exibe as mensagens do que vem ocorrendo com o JACK, com sua interferência e também sem ela
STATUS – mostra como está o JACK, e também como ele está se comportando
CONNECT – mostra as conexões que estão sendo feitas entre softwares e sua placa de som
PACHTBAY – é onde você pode salvar todas as conexões para não precisar refazê-las sempre que reabrir um projeto cheio de softs rodando ao mesmo tempo, as para que ele funcione corretamente é necessário que todos os aplicativos já estejam abertos antes de você abrir o patchbay salvo.
QUIT – para o JACK e o fecha instantaneamente (como você já podia imaginar)
SETUP – entra no menu de opções para suas preferências no uso deste aplicativo
ABOUT – informações sobre a versão do JACK que você está usando

Você agora deve estar pensando, tá mas e aqueles comandos stop/play e talz abaixo do visor o que são? Eles são usados quando você vai rodar dois ou mais programas sincronizados como por exemplo hydrogen tocando uma batera e o ardour tocando uma gravação de violão. Se os dois estiverm configurados para que o jack seja servidor de comunicação entre eles, por este comando você poderá rodar os dois ao mesmo tempo 100% sincronizados. E não só por eles, mas também nos plays/stops dos próprios programas, não é incrível??
O Console logo acima traz muitas informações pertinentes a todos nós, como se o jack está rodando e se está em realtime (RT), o samplerate com que o jack está trabalhando, uso do CPU em porcentagem, dados de sincronismo caso haja, e o numero de XRUNS ocorridos.

Você deve agora ter pensado: PORRA MAS QUE DIABOS É XRUN??? Calma, vamos a uma tradução livre do documento oficial que encontrei no site Estudio Livre:

“Bem, quando seu jack está devidamente configurado e você tem processador e memória ram suficiente para conectar todos os softwares que você precisa com ele atingimos a situação ideal e agora é só criar. Porém, existem alguns problemas que podem ocorrer atrapalhando o bom funcionamento do jack e dos processos de áudio em sua máquina. Os mais freqüentes são os chamados XRUNS e o efeito colateral de tentativas de correção deste: a alta latência.O XRUN quando muito alto, passa a inviabilizar o procesamento de áudio na sua máquina, dando uma sonoridade "mastigada" no processamento, pois o que acontece na verdade é que seu sistema operacional e hardware não estão conseguindo lidar com os paramêtros que você exigiu do jack, e você perde desempenho."

Isso já deve ser suficiente para que você saiba que devemos evitá-lo a todo o custo e vamos ver como evitá-los no próximo capítulo.

PS: Não esqueçam que temos uma comunidade do orkut que pode servir de fórum para tirar muitas dúvidas, entrem lá, o endereço está no menu ao lado...

O estranho mundo de JACK - Parte II


Bom, agora sim chegaremos ao coração do Jack, é muito importante que você leia e até releia o que está escrito aqui, por que o SETUP deste aplicativo é tão poderoso que só realmente sabendo o que significa cada parâmetro você chegará ao máximo do sistema de audio da distro escolhida! Saibam que as configurações que realmente farão toda a diferença estão na primeira aba (hehehe).

JACK SETUP / SETTINGS

Aqui está a parte de configurações que realmente faz diferença neste duelo de titãs que é travado por LATENCIA x XRUNS. Aqui todo o “tempo que você” perder tentando configurar vai valer a pena, mas com este tutorial fica um pouco mais fácil de saber como você deve proceder para resolver os problemas que eventualmente possam estar ocorrendo com seu Jack.

ATENÇÃO: O JACK se comporta muito melhor rodando sobre KERNEL-RT se você não tem ainda, não conseguirá rodar ele em sua plenitude e em tempo real ok? (a menos que aconteça um milagre).


Bem vamos ao que interessa, as configurações:

1- DRIVER = aqui você pode escolher o Driver de som que você mais goste (ou que melhor funciona em seu sistema) eu sinceramente ainda não conheci nenhum mais compatível que o ALSA.

2- REALTIME / PRIORITY = Ativando o Realtime seu jack trabalhará em tempo real! Mas para que ele funcione corretamente seu kernel deve estar configurado para trabalhar neste modo. Caso você esteja usando uma distro customizada para audio basta ativar o Realtime e tudo estará funcionando. Caso sua distro não seja específica pra audio sugiro que leia “O Estranho Mundo de Jack – Epílogo”. Em Priority você escolhe a prioridade que o audio terá no sistema (quando o Realtime estiver rodando), o site oficial do projeto indica valores entre 70 e 80.

3- NO MEMORY LOCK / UNLOCK MEMORY = Aqui você irá escolher de que maneira o JACK irá utilizar a memória nos processos de audio. Caso for trabalhar com wine ou GTK+ ative o UNLOCK. Nestas duas opções você também tem a possibilidade de resolver problemas como por exemplo a tela não atualiza sincronizada com o áudio (pois o jack estaria se atravessando em alguns acesso a memória dos processos gráficos).

4- SOFT MODE = Habilitado ele esconde e ignora os XRUNS do sistema. Eu sinceramente desaconselho o uso desta opção no processo de audio profissional, por que ela acaba enganando a gente. Mas se depois de configurado o jack seu numero de XRUNS for realmente pequeno você pode habilitar este modo.

5- MONITOR = Esta opção cria saídas e entradas virtuais de monitoramento para processos de áudio em tempo real que sua máquina esteja executando. Seria uma maneira de conseguir um retorno em tempo real, conectando os monitores aos playbacks. Caso você não conecte nada de diferente acontecerá. Para o monitor funcionar corretamente sua placa de som deve ter suporte para este recurso.

6- FORCE 16BIT = O padrão do JACK é 32bits, mas como você sabe os CDs atuais ainda usam a taxa de 16bits na masterização final. Então, caso você tenha problemas com o desempenho do seu JACK forçá-lo a trabalhar em 16 bits é uma boa opção.

7- H/W MONITOR/METER/IGNORE = Suporte para monitoramento de medidas fornecidas diretamente pelo seu hardware, claro, se sua placa tiver esta opção.

8- VERBOSE MESSAGES = Refina a saída de mensagens, fazendo com que as mensagens reportadas, com diagnósticos e evetos sejam comunicados em tempo real.

9- MIDI DRIVER = Bom, pelo nome você deve saber o que é né? Hehehe

10- CONFIGURAÇÕES DE AMOSTRA = Essas configurações (Frames/Period, Samplerate, Periods/Buffer, WordLenght, Wait e Channels) correspondem diretamente a velocidade da captura, tamanho dos “dados”, e mais algumas opções que equilibram a latência. O SAMPLERATE USADO NO JACK DEVE SER O MESMO QUE SERÀ UTILIZADO POR TODAS OS SOFTS DE AUDIO INSTALADOS NO SISTEMA, caso ele não seja o mesmo em todos, pode ocasionar estalos, xruns, e funcionamento incorreto dos softwares.
Frames/Period e Period/Buffer baixos são rápidos e requerem mais processamento dedicado e conseqüentemente baixam a Latência, por outro lado, não será possivel trabalhar com latência tão baixa com processadores lentos e sample rates muito altos. Baixas latências sempre exigem processamento alto. Portanto, se você pode abrir mão de um pouco de latência este é um lugar onde você pode compensar um pouco a falta de memória e processamento de sua máquina. Teste até encontrar o ponto G do sistema (hehe).
As outras opções ("Word Lengh", "Wait" e "Channel") não são configuráveis pelo módulo ALSA, mas também tem relação com a manipulação e tamanho das amostras. Para testá-las mude o Driver lá de cima, mas se usar ALSA não precisa se preocupar (3 coisas a menos para configurar, hehe).

11 - PORT MAXIMUM = Define o máximo de portas que o jack vai poder lidar. Para aumentar o desempenho escolha o menor número de portas possível, o valor recomendado pelo site do projeto é 128.

12 - TIMEOUT = Esta opção seta o tempo de saída dos processos baseado num pequeno atraso de "sincronização" nesta saída. Você pode também fazer alguns testes de desempenho com esta opção para ver como seu sistema trabalha melhor com essa opção.

13 – START DELAY = define um atraso no inicio das aplicações no JACK, ideal para o sistema se “organizar” para “receber” as novas aplicações, o normal desde valor é 2 segundos.

14 – INTERFACE = Aqui você vai escolher a placa de som que vai trabalhar como prioritária em seu sistema, caso tenha mais de uma.
15 – DITHER = Dither é um processo de "suavização" matemática que pode ser necessário no seu processamento de áudio quando existem conversões de taxas de amostragens diferentes ou mesmo quando existem conversões de volumes, aplicações de filtros de freqüencias. Se você esta sentindo algum tipo de distorção em algum processamento que o jack está transportando pode experimentar estes algoritmos.

16 – AUDIO = Aqui você pode escolher no que sua placa vai se dedicar, se em captar, ou reproduzir, ou ainda nas duas coisas ou seja DUPLEX, que é o padrão.

17 – IN/OUT DEVICE e CHANNEL = Bem, aqui você define entradas e saídas, depedendo da sua placa, ou suas placas, um recurso bem interessante. Caso queira usar só a placa padrão escolhida anteriormente deixe todos em DEFAULT.

18 – IN/OUT LATENCY = você já deve saber pelo nome né? Deixe em default para usar o máximo de seus recuros.

19 – LATENCY = aqui você terá o resultado direto em milisegundos.


JACK SETUP / OPTIONS

Aqui estão as opções do aplicativo, sobre tudo como ficarão as conexões, o que aparecerá nas estatísticas e os scripts que são usados por padrão, normalmente esta aba assim como as próximas já vem em configurações adequadas por padrão.

JACK SETUP / DISPLAY

Aqui você escolhe como o Jack vai aparecer pra você, como o próprio nome já diz, os controles são bem intuitivos e simples como você pode ver

JACK SETUP / MISC

Bem, esta aba você tem acesso a opções comuns do Jack, mas relax, aqui você pode escolher se ele vai começar minimizado na bandeja, se vai entrar rodando, quais botões da interface dele vão aparecer, se ele vai suportar ALSA (que é a arquitetura avançada de som pro linux) enfim, acho que esplicar o que contém nesta aba pode ser um insulto a sua inteligencia então paro por aqui (hehe).
Bom se você leu até aqui e prestou a atenção devida a cada tópico, provavelmente você conseguirá configurar seu JACK perfeitamente, e ainda resolver quaisquer eventuais problemas que possam surgir. Agora se você não prestou muita atenção, sugiro que releia de novo este post, para não ter mais problemas.
Cenas do Próximo Capítulo
Na próxima iremos falar das conexões no Jack, e obrigado a todos os leitores e comentáristas!!
PS: . Algumas partes deste texto são traduções livres da documentação oficial do JACK, fui...


O estranho mundo de JACK - Parte III

Olá amigos, hoje vou falar das conexões no jack. É aqui que tudo acontece!
Para você entender melhor o funcionamento das conexões imagine um estúdio tradicional. Você já deve saber um pouco como funciona né? Se você toca guitarra (ou viu já prestou a atenção nos guitarristas) sabe que tem que ligar a guitarra em um pedal e o pedal no combo para tocar e talz. Vou exemplificar com uma figura:



Essa figura tosca mostra como é ligada uma guitarra a dois e efeitos e um amplificador. O OUT da guitarra é ligado por um cabo ao IN do primeiro pedal. O OUT deste primeiro pedal é ligado no IN do segundo pedal. Este, por sua vez, tem seu OUT ligado ao IN do amplificador. A figura não mostra, mas o OUT do amplificador está ligado no IN do auto falante. E conseqüentemente o OUT do auto falante está ligado ao IN dos seus ouvidos. Toda essa ladainha é só pra dizer que o esquema de conexões no JACK trabalha no bom e velho sistema IN e OUT.
No JACK as conxões são exatamente assim...
Isso parece comum, mas na verdade é um recurso que eleva seu estúdio a padrões inimágináveis, uma vez que praticamente qualquer aplicação pode ser ligada a outra via JACK.
Algumas conexões são feitas de forma automática como é o caso da imagem abaixo onde o Ardour está gerenciando os audios existentes no projeto e ligado-os ao mastes que por sua vez é ligado no playback da placa de audio.


Não é fantástico?
Mas, alguns aplicativos tem que ser conectados manualmente. Não é difícil basta seguir a mágica regra do IN/OUT hehehe...
Vamos há um exemplo ligando seu controlador midi ao ZYNSUBADDFX (que nome mais feio, tá loco). Basta ir na aba ALSA e ligar a entrada midi de sua placa de som ao ZYNSUBADDFX já que ele por padrão já está ligado automaticamente a sua placa de som... veja:



Moleza não é? Apesar de não ser tão prático, posso precisar que este modo de trabalho lhe dá uma liberdade tão grande que você nem tem idéia. Afinal, você poderá qualquer aplicação a outra e ainda gravar numa terceira ou quarta, ou sei lá ligar diversas aplicações umas a outras e gravar o resultado final. É muito ampla a aplicação das conexões, tanto que eu poderia falar delas durante muito tempo, vai nessa galera mãos a obra!!!

PS: . Existe um outro princípio que utiliza o IN e o OUT e que normalmente gera depois de nove meses uma belíssima criança (huahuahuahua)

O estranho mundo de JACK - Epílogo

Olá amigos!!
Pelo que eu fiquei sabendo vocês estão aterrorizando vizinhos desde que adquiriram conhecimento suficiente para configurar o JACK e decidiram gravar seus ensaios. Hehehe. Parabéns!!
Que bom que vocês vem lendo o blog!!
Pois bem, vamos ao epílogo desta história sobre O Extranho Mundo de JACK, curtam só:


1. Uma coisa muito engraçada é que o JACK normalmente não lida com sons dos navegadores de internet. Então não se desespere se você for olhar aquele video do youtube e ele estiver mudo enquanto o JACK estiver rodando. Isso é normal, feche o JACK se quiser ver seu vídeo (feche e reabra também o navegador).

2. A maioria dos players pra linux rodam normalmente sem o JACK, mas podem rodar sob o JACK se forem configurados, praticamente todos possuem opções para rodar nele.

3. Você sempre precisa de baixa latência para gravar e se ouvir não é mesmo? Um tempo abaixo de 20ms é considerado regular, mas o ideal é que a latência durante a gravação seja inferior a 10ms, então bora lá! Durante a gravação busque (na medida do possível e de preferencia sem xruns) uma latência pequena. Um dos segredos é durante a gravação não rodar plugins desnecessários neste momento (desabilitando-os) e rodar apenas os programas mesmo crus (isso baixa consideravelmente a possibilidade de xruns).

4. Para mixar, não esquente com latência, pois ela não faz diferença neste momento. Por tanto na hora de mixar coloque-a acima de 60ms ou 70 ms, afinal, com a latência alta o processador trabalha mais tranqüilo, e a memória também, sendo assim você pode encher de plugins as trilhas hehe.

5. Lembre-se que você pode salvar suas configurações no JACK, isso lhe dá mais agilidade na hora de trocar de gravação para mix.

E para aqueles amigos que não conseguiram rodar o JACK em Real Time mesmo usando kernel RT tenho uma diquinha humilde mas que funciona e é barbada. Saca só basta editar como root o arquivo /etc/security/limits.conf , onde você deve incluir:

@audio - rtprio 99
@audio - memlock unlimited
@audio - nice -19

Estas linhas devem estar imediatamente acima de “# End of file” além de liberar o “Realtime pra quem não podia fazê-lo”, isso vai melhorar o desempenho do kernel em audio também.

Bom galera, espero que esta série de postagens lhes sirva pra alguma coisa!

Fui Galera!!!

PS: . Vai em paz Michael Jackson... … Engraçado é que alta galera (principalmente da área politica) que se morresse seria um alívio, continua viva, que foda...
 
Fonte: http://studiolinuxbr.blogspot.com.br/search/label/O%20Estranho%20mundo%20de%20Jack

 

Manual Ardour (Português)